A represa rachou e uma enchente lamacenta
Cresce atrás de mim numa perseguição em câmera lenta.
As coisas não precisam e não deviam ser assim
Já não sou mais capaz de acreditar
Capaz de acreditar em mim.
Os cães de guerra estão soltos famintos e loucos
Por toda a cidademuros se erguem invisíveis aos olhos
Tentando roubar a nossa liberdade.
O destino nos enganou
É ilusão a falsa opção de escolha;
Na ampulheta dos tempos
Esvaiu-se o último grão de areia.
A multidão me assusta
A solidão também
A noite vem a chuva cai
E eu não consigo deter essa morte.
Os cães de guerra estão soltos famintos e loucos
Por toda a cidade muros se erguem invisíveis aos olhos
Tentando roubar a nossa liberdade.
Os cães de guerra estão soltos famintos e loucos
Por toda a cidade muros se erguem invisíveis aos olhos
Tentando roubar a nossa liberdade.